Primeiro-Ministro Taur Matan Ruak pede desculpa à família da primeira pessoa falecida com COVID-19

- Se houver riscos, eles devem ser assumidos por todos
Díli, 15 de abril de 2021 – Sua Excelência o Primeiro-Ministro, Taur Matan Ruak, pediu desculpas à família da primeira pessoa que faleceu com COVID-19, cujo processo fúnebre decorreu em Metinaro, com base nos protocolos de saúde, mas que não seguiu os procedimentos normais. Apesar disso, o Primeiro-Ministro pediu a compreensão das famílias dos falecidos, para que deem importância à saúde de todos, em relação a este perigo do vírus SARS-CoV-2.
“Enquanto Primeiro-Ministro e Chefe da Sala de Situação, quero também aproveitar para pedir desculpas às famílias, especialmente à família da primeira pessoa que faleceu com COVID-19. Algumas pessoas disseram que o funeral não foi bem feito, que não houve dignidade. Por essa razão, peço desculpas à família, mas peço também às famílias que compreendam e ponham a saúde de todas as outras pessoas em primeiro lugar”, disse o Chefe do Governo, depois da reunião semanal com o Chefe de Estado, esta quinta-feira, no Palácio Presidencial.
Sobre a polémica do segundo óbito com COVID-19, cujo processo fúnebre, em Metinaro, segundo os protocolos de saúde definidos, foi impedido diretamente pelo ex-Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, em conjunto com a família, o Chefe do Governou explicou que a decisão sobre os procedimentos fúnebres para as pessoas falecidas com COVID-19 é da responsabilidade dos serviços de saúde, e segue os protocolos que a OMS sugeriu. Como Primeiro-Ministro e Comandante Operacional da Sala de Situação, durante a polémica destes dias, o Chefe do Governo tentou gerir a situação, para que, por fim, a decisão pudesse satisfazer todas as partes, e mais tarde, quando houver outras situações de risco, não haja acusações de parte a parte.
“Durante todo este tempo, eu também geri, tentei gerir, a posição dos Serviços de Saúde, as várias posições, para que ninguém saísse a perder desta situação, mas esta decisão não pode trazer risco para nós. Para que, se amanhã ou depois houver alguma situação de risco, não virem dizer que a culpa é do Matan Ruak ou do Xanana, mas todos nós vamos assumir os riscos, se no futuro houver algum problema […]. Esta é uma grande responsabilidade, não é fácil, mas eu espero que possa haver uma boa solução. Por um lado, o funeral dos falecidos tem de ser feito com dignidade, mas, por outro lado, devemos proteger os cidadãos, para não sejam infetados”, disse o Chefe do Governo.
Nota:
Com base nas orientações do Chefe do Governo, na qualidade de Comandante de Operações da Sala de Situação, a equipa da Sala de Situação pôde, finalmente, encontrar uma solução, em conjunto com a família do falecido e com o ex-Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, depois de um impasse durante três dias, sobre os procedimentos para o funeral. Foi acordado entre as partes que o funeral se realizasse no cemitério de Manleu, mas os procedimentos para o funeral seguem os padrões e protocolos de saúde já estabelecidos. FIM/MGPM